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O lazer de Bolsonaro acima do pico da pandemia

Atualizado: 12 de jul. de 2020

Apesar de estarmos próximo a um colapso nos cemitérios e hospitais, presidente cogitou churrasco e passeou no lago


por Rannier Vilela

artigos/opiniões



O presidente Jair M. Bolsonaro, tinha anunciado, apesar dos mais de 10 mil mortos por Covid-19 no país, que faria um churrasco no sábado (09), que já havia sido postergado do dia 2 para comemorar os 39 anos de Flávio Bolsonaro, que completou em 30 de abril. Após repercussão negativa, Bolsonaro teria cancelado, mas numa tentativa de atenuar sua intenção, ele (novamente) atacou jornalistas, chamando-os de "idiotas" e afirmando que todas as notícias são "fake". Todavia, os fatos antecedentes mostram que não era apenas ironia do presidente. Em vez do churrasco, foi optado por uma tarde passeando de jet ski, no Lago Paranoá que banha o Palácio da Alvorada, com seu segurança na garupa, ambos estavam sem máscaras. Bolsonaro nem faz questão de mostrar o mínimo remorso por mais de 150 mil infectados e um número superior a 10 mil óbitos. Além de não tomar posicionamentos cabíveis à um presidente de uma nação em meio ao cenário de uma pandemia de escala global, quando questionado sobre suas atitudes, Jair responde de uma maneira bárbara, gerando um choque nacional. Choque esse, que quando relatado pela imprensa, o presidente usa de respaldo para reiterar sua narrativa que imputa a qualquer um, exceto ele, pela infâmia e desordem de seu governo. É construído um discurso que é um prenúncio (gritante) do potencial atentado a nossa democracia, com desestímulos a liberdade de imprensa, com incitação aos primeiros passos de uma ditadura; fechando o congresso, STF, pedindo AI-5, fora as demais ameaças a democracia. O presidente da república não possui planos de governo, tampouco possuía como presidenciável, e quem é onerado por Bolsonaro não saber governar; é o sistema democrático, cujo mesmo ele acusa a todo momento de não deixá-lo "governar", queixando-se desde a imprensa, que não tem poder senão midiático, até os poderes judiciário e legislativo. Do que se queixa Bolsonaro e o que é "governar" para ele? O tempo somente torna tudo mais clarividente, talvez quando um presidente nomeia um diretor da PF (Polícia Federal) de seu interesse às pressas, após ter seu primeiro indicado barrado por desvio na finalidade, significa que o presidente Bolsonaro tem sim muitos planos, entretanto, são individuais não coletivos.

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